Uso de latas de alumínio no mercado europeu e americano

mercado europeu

Os americanos utilizam latas de alumínio para envasar quase todas as bebidas, de cervejas a sucos e energéticos. Já os europeus utilizam mais garrafas de vidro para envasar cervejas, vinhos e refrigerantes.

Essa tendência já foi notícia por aqui: o vinho em lata tem se tornado popular e ganhado espaço nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, mesmo que o consumo desse produto ainda seja relativamente pequeno quando comparado ao vinho nas tradicionais garrafas de vidro.

Inclusive, números mostram que o vinho enlatado tem sido um dos segmentos de venda de mais rápido crescimento fora do Brasil. Em 2019, o Wall Street Journal observou que o crescimento do vinho em lata chegou a 80%, num montante de US$ 90 milhões durante o ano.

Mas nem só de vinho vivem os homens e até mesmo a água mineral já tem suas versões em lata. É o caso de algumas marcas que já oferecem uma substituta à garrafinha de plástico no mercado brasileiro, como Minalba e Ambev AMA.

Por isso, hoje vamos falar um pouco mais sobre os motivos que levam o consumidor, de qualquer parte do mundo, a escolher as bebidas em lata.

Por que o mercado americano utiliza latas de alumínio para envasar grande parte de suas bebidas?

O mercado americano é conhecido por utilizar latas de alumínio para envasar quase todas as bebidas, desde cervejas até refrigerantes, sucos e energéticos. Há várias razões para isso, incluindo:

  1. Tradição: as latas de alumínio foram introduzidas nos Estados Unidos na década de 1950 e rapidamente se tornaram populares devido à sua praticidade, durabilidade e proteção da bebida.
  1. Preferência do consumidor: os consumidores americanos tendem a preferir bebidas em latas de alumínio em comparação com outras embalagens, como garrafas de vidro ou plástico.
  2. Custo-benefício: as latas de alumínio oferecem uma boa relação custo-benefício para os fabricantes de bebidas, pois são fáceis de produzir, transportar e armazenar.
  3. Sustentabilidade: as latas de alumínio são 100% recicláveis e podem ser transformadas em novas latas indefinidamente, o que as torna uma opção mais sustentável em comparação com outras embalagens.
  4. Flexibilidade de produção: as latas de alumínio permitem que as bebidas sejam produzidas em grandes quantidades e sejam rapidamente distribuídas para um grande número de pontos de venda, o que é especialmente importante em eventos ou locais onde há grande demanda por bebidas.
  5. Regulamentações governamentais: algumas regiões dos Estados Unidos têm leis que incentivam ou exigem que as bebidas sejam envasadas em latas de alumínio para reduzir o impacto ambiental de outras embalagens.

E no mercado europeu? Por que as mudanças levam ao envase de bebidas em latas?

Ao contrário do mercado americano, o mercado europeu ainda utiliza predominantemente garrafas de vidro para envasar suas bebidas, como cervejas, vinhos e refrigerantes. No entanto, isso tem mudado gradualmente nos últimos anos, com um aumento no uso de latas de alumínio para bebidas carbonatadas e energéticas.

Algumas das razões para esse aumento incluem:

  1. Sustentabilidade: como em outros mercados, a sustentabilidade é uma preocupação crescente para os consumidores europeus, e as latas de alumínio são altamente recicláveis e oferecem uma opção mais sustentável em comparação com outros materiais de embalagem.
  1. Conveniência: as latas de alumínio são leves e fáceis de transportar, o que as torna ideais para eventos ao ar livre e para situações em que a portabilidade é importante. Ou seja, esse benefício pode ser aplicado a qualquer momento e em qualquer lugar, afinal praticidade é palavra-chave quando queremos conquistar o consumidor final.
  2. Design: as latas de alumínio oferecem aos fabricantes de bebidas maior flexibilidade em termos de design de embalagem, permitindo a criação de latas com designs atraentes e inovadores. Também há empresas que trabalham com brindes personalizados, onde o espumante em lata é um dos produtos que pode ser utilizado como presente ou lembrança.
  3. Proteção da bebida: as latas de alumínio oferecem uma barreira hermética que protege a bebida contra luz, ar e umidade, o que pode ajudar a manter a qualidade e o sabor da bebida por mais tempo.
  4. Custo-benefício: as latas de alumínio são relativamente baratas de produzir em grande escala, o que as torna uma opção viável para fabricantes de bebidas.

E no Brasil?

Um dos principais pontos a se destacar nacionalmente é o fator “sustentabilidade”. Muitas pessoas ainda não sabem que as latinhas de alumínio são mais sustentáveis para o planeta do que as garrafas PET e também geram mais emprego e renda à cadeia de reciclagem. No Brasil, quase 99% das latinhas são recicladas.

Segundo estudo de 2022 do Instituto Internacional do Alumínio feito em cinco mercados – Brasil, Estados Unidos, Europa, China e Japão -, as latas de alumínio têm 71% de índice de reciclagem, enquanto as garrafas PET têm índice de 40%.

Cada nova lata feita a partir da coleta e reciclagem contém 77% de material reciclado, enquanto a garrafa de plástico tem apenas 7%; e 98% das embalagens de alumínio recicladas transformam-se em produtos infinitamente recicláveis, enquanto esse índice é de 20% para o plástico.

As latinhas também remuneram bem melhor os profissionais de coleta. Segundo a associação sem fins lucrativos Cempre, o alumínio vale oito vezes mais do que o vidro e catorze vezes mais do que o papelão para o mercado de reciclados.

No Brasil, 98,7% das latinhas são recicladas e retornam às prateleiras em até 60 dias, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Já o plástico e as garrafas PET encontram uma situação bem menos sustentável.

As garrafas de plástico também são as maiores vilãs dos oceanos. Segundo a Ocean Conservancy, um grupo sem fins lucrativos de defesa ambiental, as garrafas plásticas são o terceiro tipo de resíduo mais comumente encontrado nas praias do mundo, atrás somente das bitucas de cigarro e das embalagens plásticas de alimentos. E, segundo estudo de 2020 da agência científica nacional da Austrália, CSIRO, o fundo dos oceanos abriga 14 milhões de toneladas de microplástico.

Além disso, nas nossas redes sociais, também já falamos sobre a pegada de carbono e como os equipamentos da Carbonatech contribuem com a redução dos resíduos e emissão de gases no meio-ambiente. Confira no nosso Instagram!

*Com informações do ECOA Uol